* Por DANIEL MACEDO
Ao caminhar
logo cedo por uma praça no centro da cidade onde moro, uma adolescente me
abordou para uma questão um tanto interessante. Sem delongar, perguntou-me:
“para que serve a psicoterapia?”. Bom, não tive outra opção a não ser dar uma
parada e pensar por alguns instantes na resposta mais apropriada para dar
àquela jovem. E ai lhe disse: “Olhe, minha senhorita, a psicoterapia é um
processo bastante valioso para qualquer pessoa. Ele tem o objetivo de ajudar o
indivíduo a desenvolver um projeto pessoal de sentido para a sua existência e
proporcionar-lhe coragem para realizá-lo e que seja capaz de se fortalecer e
enfrentar assertivamente suas próprias
dificuldades”. Foi justamente e somente isso que expressei à jovem tão curiosa.
O que também foi o estímulo para que a mesma retornasse com outro
questionamento: “ir ao psicólogo significa que eu estou louca?” De fato, essa
segunda pergunta me deixou mais interessando ainda naquela interlocução. Ai,
realmente, tive que me abranger um pouco. Disse-lhe: “Olhe,
o Psicólogo é um profissional que se preparou para atuar em vários
contextos, buscando conhecer e motivar as pessoas para que elas possam se
libertar ou enfrentar os seus problemas, motivando-as a serem autoras da sua
própria vida. Além disso, esclareci que
jamais seria “louca” a jovem que fosse encaminhada ou procurasse um psicólogo
para conversar ou mesmo se consultar. A psicologia, mais que uma abordagem
complexa no universo humano, é uma ciência. E por sê-la, tem contribuído
infinitamente para possibilitar o “empoderamento” humano e sua ampla
possibilidade de encontrar seu caminho na existência, libertando-o ou
oferecendo-o suporte para os problemas que o aflige”. De fato, isso bastou para
que aquele ligeiro diálogo tivesse seu desfecho. Por conseguinte, ela me
expressou um tímido sorriso, agradeceu-me e segui seu destino, enquanto eu
retomei a caminhada com passos firmes naquela praça tão agradável.
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