quinta-feira, 18 de maio de 2017

18 DE MAIO TAMBÉM É DIA DE LUTA ANTIMANICOMIAL

              *Por Daniel Macedo 


            Hoje é dia 18 de maio! Além de um dia muito significativo para as políticas públicas de enfrentamento à violência e exploração sexual infanto-juvenil cuja campanha é promovida pelos órgãos de defesa e promoção dos direitos da criança e do adolescentes em todo o país, hoje, também é o DIA NACIONAL DE LUTA ANTIMANICOMIAL, um importante momento para refletirmos sobre a luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental, pois estas pessoas têm o direito à liberdade, a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento como qualquer outro cidadão, não devendo ficar encarceradas em hospitais psiquiátricos. 
            A saber, o no Brasil inteiro o movimento de luta antimanicomial tem como meta a substituição dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento e formas de atenção dignas e diversificadas, de modo a atender às diferentes formas e momentos em que o sofrimento mental surge e se manifesta. Hoje, mais do que nunca, a pessoa que apresenta algum transtorno mental não é "doida" nem "louca", mas merece todo o nosso respeito e assistência humanizada, seja nos Caps ou nos demais dispositivos de reinserção social desses cidadãos. 
             Essa luta é um marco na história da Saúde Mental do nosso país. A saber, o  primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. 
Como psicólogo clínico e também especialista em Saúde Mental, acredito que todas essas campanhas são pertinentes e marcam o processo de luta em prol dos direitos humanos das categorias que há muitas décadas foram excluídas da/pela sociedade. Assim como a criança e o adolescente, a pessoa com transtorno mental merece proteção e reconhecimento de direitos. Não pode ser vitimada por nenhum tipo de violência. 



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