*Pos DANIEL MACEDO
A atividade lúdica é uma realidade originária, que corresponde a uma das noções
mais primitivas e profundamente enraizadas em toda a realidade humana, sendo do
jogo que nasce a cultura, sob a forma de ritual e de sagrado, de linguagem e de
poesia. Para citado autor, a atividade lúdica precede a cultura, estando
presente também entre os animais e, nesse perspectiva a civilização
não poderia existir sem a presença esse fenômeno humano.
Todavia, muitos são os
estudos sociais e culturais que registram a prática do brincar no cotidiano dos
povos, revelando-se como um fenômeno universal na história e perpassa as
gerações, sendo considerada uma das ações mais antigas do homem, acompanhando-o
em sua evolução.
Na
Antiguidade, relatam que há registros históricos e antropológicos que descrevem
que crianças participavam junto dos adultos das mesmas festividades, ritos e
brincadeiras, porém, enfatizam que os jogos eram considerados hábitos
superficiais, compreendidos como sem utilidade e limitando-se a momentos de
recreação. Até o final do século XIX, a maioria dos brinquedos era fabricada em
casa, ou feita de maneira artesanal.
Há registros
arqueológicos que datam a existência de brinquedos desde os tempos mais remotos
da história das civilizações. Assim, a história do brinquedo é tão antiga
quanto à história do homem.
Muitos brinquedos que
nós conhecemos hoje em dia têm sua origem nas mais antigas culturas. É o caso
das bonecas, por exemplo, que foram criadas provavelmente há quarenta mil anos,
na Ásia e na Àfrica onde eram usadas em rituais e cerimônias religiosas, sendo
depois usadas como brinquedos não Egito. Os peões também são outro exemplo,
surgiram por volta do ano 3.000 a.C. , na Babilônia. Já os primeiros chocalhos,
surgidos no Egito, datam de 1.300 a.C. e as pipas apareceram na China no ano
1.000 a.C, mesma época em que surgiram os primeiros ioiôs feitos de pedras e cerâmicas,
os quais, posteriormente, usados na Grécia. Já os soldadinhos de chumbo,
criados como peças de jogos de guerra, e as caixinhas de música datam-se no século XVIII. Há registros
arqueológicos que os peões mais antigos foram encontrados em escavações
realizadas na Babilônia no século XIX. Geralmente, as crianças eram enterradas
com seus brinquedos e pertences.
Todavia, muitos são os estudos sociais e
culturais que registram a prática do brincar no cotidiano dos povos,
revelando-se como um fenômeno universal na história e perpassa as gerações,
sendo considerada uma das ações mais antigas do homem, acompanhando-o em sua
evolução.
Há registros históricos e
antropológicos que descrevem que crianças participavam junto dos adultos das
mesmas festividades, ritos e brincadeiras, porém, enfatizam que os jogos eram
considerados hábitos superficiais, compreendidos como sem utilidade e
limitando-se a momentos de recreação. Até o final do século XIX, a maioria dos
brinquedos era fabricada em casa, ou feita de maneira artesanal.
Muitos brinquedos que
nós conhecemos hoje em dia têm sua origem nas mais antigas culturas. É o caso
das bonecas, por exemplo, que foram criadas provavelmente há quarenta mil anos,
na Ásia e na Àfrica onde eram usadas em rituais e cerimônias religiosas, sendo
depois usadas como brinquedos não Egito. Os peões também são outro exemplo,
surgiram por volta do ano 3.000 a.C. , na Babilônia. Já os primeiros chocalhos,
surgidos no Egito, datam de 1.300 a.C. e as pipas apareceram na China no ano
1.000 a.C, mesma época em que surgiram os primeiros ioiôs feitos de pedras e cerâmicas,
os quais, posteriormente, usados na Grécia. Já os soldadinhos de chumbo,
criados como peças de jogos de guerra, e as caixinhas de música datam-se no século XVIII. Há registros
arqueológicos que os peões mais antigos foram encontrados em escavações
realizadas na Babilônia no século XIX. Geralmente, as crianças eram enterradas
com seus brinquedos e pertences.
Na Idade Média, os
jogos não aparecem de forma positiva, sendo considerados sem seriedade.
Assinala que até antes mesmo do Romantismo vigoraram três concepções a cerca da
relação entre o brincar infantil e a educação: (1) recreação; (2) uso do
jogo para favorecer o ensino de conteúdos escolares e; (3) diagnóstico da
personalidade infantil e recurso para ajustar o ensino às necessidades
infantis.
Curiosamente, é sabido
que os primeiros objetos semelhantes a utensílios lúdicos ou brinquedos foram
encontrados há muito tempo atrás na mesopotâmia, em tumbas funerárias datadas
de 2000 a.C., e no Egito, foram achados objetos feitos com a intenção de servir
às brincadeiras infantis, por volta de 1000 a.C.
Na Grécia, no século IV a.C., foram
encontrados bonecas em túmulos de crianças atenienses. Um fato curioso é que as mulheres de Atenas costumavam consagrar suas
bonecas à deusa Afrodite, que representava o amor e a beleza. Essa tradição
representava uma espécie de pedido de sorte no amor. Entretanto, o primeiro
a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi o filósofo Platão e, por
conseguinte, Aristóteles, que apontaram a importância dos jogos no desenvolvimento
da aprendizagem das crianças, principalmente nas áreas das ciências exatas.
Posteriormente, com os
ensinamentos pedagógicos trazidos pelos padres jesuítas, a atividade lúdica
passa a ter um destaque importante nas comunidades coloniais, principalmente no
estudo da gramática e da ortografia. Muitos desses sacerdotes também utilizaram
jogos educativos para catequizar os índios brasileiros. Além disso, trouxeram
para o país instrumentos musicais e brinquedos que foram introduzidos no
cotidiano das comunidades, onde crianças e adultos se misturavam e eram
educados conforme os ensinamentos católicos oferecidos por esses religiosos.
No
Egito Antigo, por volta de 2000 a.C., muitos arqueólogos encontraram bonecas em
escavações egípcias; algumas eram feitas de madeira, outras de barro.
Com as mudanças
ocorridas a partir do século XIV na Europa, inaugurando uma era de valorização
do humanismo e de novas perspectivas para o pensamento europeu, o ato de
brincar torna-se importante instrumento para as práticas educativas, sendo
visto como uma das mais importantes manifestações do existir humano. É a partir
do referido século que a pintura começa a retratar as crianças envolvidas com
os jogos, geralmente relacionando.
No século XVI, o
pintor flamengo Pieter Bruegel (1525-1569) criou a obra “Jogos infantis”, em
1560, para retratar o cotidiano de crianças europeias, ilustrando
aproximadamente 250 personagens participando de 84 tipos de brincadeira, em
1560.
Entretanto, muitos
pensadores se destacaram na história, como o filósofo do Iluminismo[1]
e precursor do Romantismo Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778), o qual trouxe muitas contribuições para o estudo
acerca da infância, incentivando um tipo de pedagogia que motivasse o uso
frequente dos jogos na educação infantil. Esse pensador também defendia que a
educação deveria ser progressista, de acordo com o período de desenvolvimento,
cada momento devendo ser adaptado às necessidades individuais, ou seja, as
diferenças individuais deveriam ser respeitadas.
Baseado nessa percepção
de criança, Rousseau criou uma teoria do desenvolvimento infantil e tomando com
base a ideia da “bondade original” elaborou um projeto pedagógico no qual o
infante passaria a ser encarada como um ser que se encontrara em processo de
desenvolvimento psicofísico, rompendo assim com a concepção vigente do seu
tempo em considerar a criança como um adulto em miniatura.
Posteriormente, ao
longo do processo histórico, outros paradigmas foram surgindo, como as teorias
psicológicas do desenvolvimento infantil apresentadas novos pensadores, que
contribuíram ainda mais para a compreensão da criança numa ótica social e
cultural e, também, abrindo novos caminhos para os discursos pedagógicos sobre
o universo infantil. Assim, interferências importantes vieram dos trabalhos dos
psicólogos Lev Vygotsky (1896-1934), Jean Piaget (1896-1980) e Henri Wallon (1877-1962), voltando-se
para o campo da aprendizagem humana.
A saber, Vygotsky
buscou enfatizou a função do jogo e do faz-de-conta como mecanismos pedagógicos
para serem usados na educação de crianças em idade escolar. Acreditava que no
brinquedo, a criança sempre comportaria além da conduta habitual de sua idade e
de seu cotidiano. Como foco de uma lente de aumento, o brinquedo conteria todas
as tendências do desenvolvimento sob a forma condensada, sendo, ele mesmo, uma
grande fonte de desenvolvimento e aprendizagem para a criança.
Dentro da perspectiva
vigotskyana, os processos psicológicos são construídos com base nas relações
sociais e culturais. Por isso, toda conduta humana, inclusive a brincadeira, é
construída no processo social. A imaginação surge na ação. Por meio do ato
lúdico, a criança se projeta no mundo do adulto, aprendendo novos espaços e
novas significações. Nesse mundo ilusório, a criança pode realizar seus desejos
e desenvolver formas de comportamento socialmente constituídas, pois, tem,
constantemente, de controlar seus impulsos pelo bem da brincadeira.
Por isso, no processo
criativo do brincar infantil, a relação com o outro aparece como um fenômeno
mediador entre a libertação e as regras da realidade onde ambos se encontram.
Por meio das interações, a criança vai
reelaborar suas experiências da realidade, combinando e recriando novos
contextos, de acordo com suas próprias necessidades e preferências. Nesse
sentido, cada vez que brinca, a criança desenvolve mais suas habilidades e
capacidades cognitivas, potencializando ainda mais suas aptidões, que são
adquiridas socialmente e com a interação que exerce com o meio. Assim, conforme a teoria histórico-cultural,
o processo de desenvolvimento infantil resulta do processo de aprendizagem, que
é mediado pelo contexto de socialização, capaz de preservar e transmitir a
herança cultural a que ela necessitará para se desenvolver ou mesmo sobreviver.
Já Piaget
segue outro percurso no pensamento a cerca do brincar. A saber, em seus
estudos, ampliou a compreensão e sentido do lúdico no contexto do
desenvolvimento educacional da criança. Com esse pensador surge então a
concepção interacionista de desenvolvimento infantil como resultado da
combinação entre o organismo e o meio, e sua interação tem como consequência o
processo de assimilação e o da acomodação. Nessa perspectiva, a brincadeira não
receberia uma conceituação específica. Ela seria considerada também como uma
ação assimiladora e participa do conteúdo da inteligência, como a aprendizagem.
Assim, ao manifestar uma conduta lúdica, a criança demonstraria o nível de seus
estágios cognitivos e construiria conhecimentos.
Dentro da perspectiva
piagetiana, a criança, desde seu nascimento, encontra-se submersa em um meio
social que atua sobre ela e fornece um sistema de signos que transforma seu
pensamento, propõe valores novos e impõe
obrigações. A existência social, portanto, modifica a inteligência pelo
conteúdo das trocas e pelas regras impostas ao pensamento, porém o
desenvolvimento cognitivo que se dá na interação da criança com o objeto e está
contido nesse meio social vai acontecer de acordo com as possibilidades da
socialização de cada uma.
Nesse
contexto, o referido autor também apresenta uma classificação acerca da
atividade lúdica, destacando quatro aspectos importantes: o primeiro é o funcional,
que são os movimentos simples dos bebês, como encolher os braços e as pernas e
balançar objetos; o segundo é o de ficção, que são as brincadeiras de faz de
conta; o terceiro é o de aquisição, nos quais a criança aprende vendo e ouvindo;e
por fim, o quarto aspecto, o de construção, em que ela reúne, combina e
modifica objetos entre si.
[1]
Iluminismo: corrente filosófica, social e política centrada na razão, que surge
na Europa no início do século XVIII.
SOBRE O AUTOR:
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