quarta-feira, 26 de abril de 2017

4ª Oficina de Avaliação e Monitoramento das ações intermunicipais dos Grupos de Trabalho do projeto Reinserir, realizada  na sede do IFPB de Picuí-PB.



O Projeto Reinserir é uma iniciativa da CNM (Confederação Nacional de Municípios), apoiada pela União Europeia. É um projeto de Integração Local para Reinserção do Usuário de Drogas, que tem como objetivo fomentar o trabalho integrado das redes de educação, saúde e assistência social em conjunto com a sociedade civil para gerar oportunidades de reinserção social e econômica dos usuários de drogas



terça-feira, 25 de abril de 2017

Na manhã desta segunda-feira (24.04.2017), o psicólogo Daniel Macedo esteve participando como convidado palestrante das ações relacionadas à Campanha de prevenção contra o câncer de mama da Secretaria Municipal de Saúde de Picuí-PB. O evento foi realizado no Centro Municipal de Especialidades de Picuí-PB onde dezenas de mulheres realizaram exames de mamografia e participaram de palestras educativas e preventivas nas áreas de psicologia, enfermagem e nutrição. 




segunda-feira, 24 de abril de 2017

INCLUIR É PRECISO?





                      A inclusão escolar está inserida em um movimento mundial denominado inclusão social que tem como objetivo efetivar a equiparação de oportunidade para todos, inclusive para os indivíduos que, devido às condições econômicas, culturais, raciais, físicas ou intelectuais, foram excluídos da sociedade. Para tanto, tal movimento pressupõe a construção de uma sociedade democrática, na qual todos possam exercer a sua cidadania e na qual exista respeito à diversidade. Tendo o Brasil reconhecido e feito uma opção política formal pela universalização de um ensino que efetivamente disponibilize, a todos, o acesso ao conhecimento historicamente produzido e sistematizado pela humanidade e, que favoreça as condições necessárias para a aprendizagem do exercício da cidadania, há que se investir em maneiras de implementar a educação inclusiva no interior das nossas escolas. 


domingo, 23 de abril de 2017

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS ACERCA DO AUTISMO.

            *  Por  Daniel Macedo.

              

         O diagnóstico do autismo baseia-se na observação do comportamento, e não em exames clínicos. Segundo as normas da Associação Americana de Psiquiatria, na quarta edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV)”, para que uma pessoa seja diagnosticada como autista é preciso que a pessoa apresente seis ou mais dos itens a seguir, com pelo menos dois do grupo 1, um do grupo 2 e um do grupo 3. Há quem chame as três áreas afetadas de “tríade autista”: socialização, comunicação e comportamentos focalizados e repetitivos.


 1) Grupo 1 
 Deficiências na interação social: 
- dificuldade de se comunicar através de gestos e expressões facial e corporal;
 - não faz amizades facilmente;
 - não tenta compartilhar suas emoções (Ex.: não mostra coisas de que gostou); 
- falta de reciprocidade social ou emocional (não expressa facilmente seus sentimentos, nem percebe os sentimentos alheios).

2) Grupo 2 
Deficiências na comunicação: 
- atraso ou falta de linguagem falada; 
- nos que falam, dificuldade muito grande em iniciar ou manter uma conversa;
 - uso estereotipado e repetitivo da linguagem (usa frases de propagandas, filmes novelas, programas de televisão, trechos ou músicas inteiras); 
- falta de jogos de imitação (Ex: representar o papai, a mamãe, a professora – algo muito comum nas brincadeiras de crianças).

3) Grupo 3 
Comportamento focalizado e repetitivo:
 - preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (Ex.: não misturar alimentos no prato, não ingerir alimentos com determinadas texturas, seguir sempre o mesmo ritual para determinadas tarefas);
 - assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias” ou focalizar-se em um único assunto de interesse); 
- maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, bater a mão uma na outra, ficar olhando fixamente as mãos, ter sempre um objeto de interesse e ficar manipulando este objeto); 
- preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho ou hélice de ventiladores, por exemplo).

             Grande parte das pessoas autistas tem Distúrbio de Integração Sensorial (DIS): seus sentidos podem ser hipo ou hiperdesenvolvidos. Podem ser capazes de ouvir sons quase inaudíveis, como um alfinete caindo ao chão ou a água correndo nos encanamentos, ou ter sensibilidade a ruídos altos, como liquidificadores e furadeiras; sentir cheiros imperceptíveis para as demais pessoas; podem não suportar luzes fluorescentes, por perceber a luz oscilando como um estroboscópio devido à corrente alternada; toques e outros contatos lhes podem ser desagradáveis, assim como texturas de tecidos e alimentos. 

O FENÔMENO VIRTUAL DA “BALEIA AZUL”: O JOGO QUE INDUZ O ADOLESCENTE A COMPORTAMENTOS AUTODESTRUTIVOS. O QUE PRECISAMOS SABER PARA COMBATER?


*Por Daniel Macedo.


As dependências tecnológicas têm trazido muitos danos à saúde mental do adolescente, bem como no seu desenvolvimento sociaoafetivo e aprendizagem. A virtualização das relações sociais e o uso libertino das redes sociais ou mesmo o uso compulsivo de jogos cibernéticos já são um dos principais responsáveis por esse fenômeno.
Atualmente, ainda não há estatísticas oficiais no Brasil que revelem os  índices reais de tantos  casos de automutilação na adolescência, principalmente,  provenientes do uso do jogo “Baleia Azul”. No entanto, já se tem notícias que esse fenômeno se encontra presente em todos os estados brasileiros, chamando a atenção das autoridades judiciais, profissionais da área da saúde e educação, uma vez que os casos têm gerado significativa implicação à vida da vítima em vários aspectos (sociais, corporais, comportamentais...).
Para o acesso à vítima, jogo segue uma lógica cibernética. É sabido que, por meio do endereço de IP [1], o curador (que geralmente é um hacker), consegue ter acesso às informações que a vítima tem registrada nas suas redes sociais (YouTuber,Instagram, Twitter, WatszApp, Faceddook...), inclusive seus dados pessoais ( nome completo, data de aniversário, endereço, fotos e assim por diante) cujos registros são utilizados para convencer e indução o adolescente, o qual fica bastante perplexo e com muito medo e receio. Assim, por mais que a vítima tente recusar sua participação no jogo, ela não consegue, pois o suposto “curador” acaba ameaçando-a psicologicamente para que cumpra progressivamente os 50 desafios ou tarefas que a “baleia” determina, até o último desafio: o suicídio.   
 Contudo, existem inúmeras maneiras do adolescente se tornar vítima do jogo. Os relatos são variados. A maioria dos iniciantes do jogo afirma que o conheceu por mera curiosidade, devido à propagação em geral da mídia. Outros se tornaram usuários por serem influenciados por  colegas de escola e assim por diante. Isto revela a que há inúmeros fatores pessoais que contribuem como vias de acesso do público adolescente ao jogo. 
Nesse contexto, é importante salientar que inúmeras são as causas psicológicas e comportamentais que estão levando esses jovens a se aventurar nesse game. De fato, a falta de maturidade do próprio adolescente; a vivência de conflitos emocionais e interpessoais; situações de carência socioafetiva; fatores psicopatológicos (como ansiedade, depressão...); sentimentos de inutilidade ou autoavaliação negativa; isolamento social e tantos outros aspectos experimentados pelas vítimas reforçam ainda mais a sua vulnerabilidade para o uso do referido jogo, tornando-se assim “presas fáceis” sem discernirem sobre os danos que podem sofrer.  
Reforça-se que na maioria dos casos, o adolescente se encontra num contexto familiar bastante negligente e inóspito, desprovido de vínculos afetivos e onde os pais não dialogam e nem se importam em estabelecer diariamente contatos amorosos com ela. Para suprir as ausências, ou mesmo não suportarem os próprios conflitos interpessoais, optam em disponibilizar por muito tempo o uso livre da Internet, sem que haja ao mesmo um monitoramento ou limite do que os filhos realmente estão acessando.
Assim, a falta de regras e carência afetiva, também se destaca como umas das principais causas de tantos transtornos e repercussões psicológicas geradas no comportamento desse público, que, geralmente, encontra-se numa situação de fragilidade e instabilidade emocional. E isso basta para então se explicar o porquê de  quando  um filho não tem a necessária atenção das figuras parentais e, tampouco, é acolhido num meio familiar amoroso e socialmente saudável, acaba surgindo inúmeras razões para que ele desenvolva atitudes ou vícios prejudiciais à sua saúde mental, buscando transferir os seus “vazios afetivos e existenciais” para outros lugares, que, ilusoriamente, encontram  preencham tais lacunas, mesmo que esses lugares lhes custem à vida.
Diante disso, estudiosos do fenômeno do jogo da “Baleia Azul” já alertam para os educadores  reforçarem a ideia de que é possível conscientizar o adolescente para não levarem a sério esse tipo de jogo e orientá-lo a evitar a sua exposição diante desse fenômeno virtual. Também é muito importante que os pais monitorem e orientem os filhos quanto ao uso responsável das redes sociais, em especial do Facebook e WhatsApp, onde o jogo “Baleia Azul” está sendo veiculado .
O jogo denuncia a fragilidade de uma geração que não está sendo preparada ou educada a dizer “não” à perversidade do terrorismo virtual que há tempos tem lhe alienado na ideologia genocida que vem se perpetuando pelo mundo a fora.
De fato, cabe a cada um de nós, informar, educar e esclarecer cada adolescente acerca dos perigos que esse jogo apresenta, conduzindo-os para atividades que possam realmente  potencializar suas qualidades pessoais, criatividade e amor pela vida.


[1]  A sigla dignifica “Internet Protocol” que é o número que seu computador recebe para poder enviar e receber dados na internet Além de permitir uma conexão direta ao seu computador, este número também permite localizá-lo geograficamente, identificar seu provedor de internet e outras coisas.



SOBRE O AUTOR: 



quarta-feira, 19 de abril de 2017


CIBERCRIME DA "BALEIA AZUL" : O PERIGO PARA OS NOSSOS ADOLESCENTES.


*Por DANIEL MACEDO




JOGO DA BALEIA AZUL: Atenção pais e educadores. Isso é muito sério. Muitos dos nossos adolescentes já estão sendo vítimas desse jogo, porém sofrem no silêncio! 

         Há quem diga que o comportamento dos adolescentes do nosso tempo passa por profundas transformações. De fato, essa é uma realidade evidente e, diante disso, percebemos que tais mudanças têm produzido novas patologias psíquicas na vida desse público cujas repercussões são capazes de gerar graves adoecimentos e distúrbios mentais nunca vistos antes. Assusta-nos diariamente o advento de notícias na mídia em geral que mostram inúmeras matérias de casos envolvendo adolescentes que se automutilam, deixando-se facilmente levar por impulsos e manias virtuais capazes de os induzir à práticas  de jogos perigosos e "perversos", como a exemplo do jogo da "Baleia azul", o qual tem trazido consequências irreparáveis e nocivas à vida desses jovens.
        A saber, iniciado na Rússia entre 2015 e 2016, o "jogo da Baleia Azul" está supostamente ligado a uma série de mortes por  suicídios em todo o mundo. Isso porque esse tipo de jogo busca causar progressivamente danos emocionais aos participantes. No caso, as vítimas são induzidas e coagidas a seguir instruções feitas por um "curador" (como é chamado o criminoso que entrega os desafios). De acordo com o que é revelado, esse criminoso jogo segue um processo que tem duração de cerca de 50 dias com desafios que vão desde "assistir a filmes de terror durante madrugada", "rasgar a própria a pele com a faca até X hora do dia", até o desafio final, que seria o suicídio.  
       Normalmente, os alvos dos criminosos (e aqui se pode intitulá-los de "cibercriminosos") são pessoas jovens, em especiais crianças e adolescentes, já que são facilmente convencidos e impressionáveis. Assim, qualquer jovem que esteja fragilizado ou passando por um momento de conflitos pessoais, instabilidade nas relações interpessoais, apresentando sentimentos ou pensamentos negativos, isolamento social, depressão, angústia, tensão, raiva e mesmo vivenciando eventos traumáticos em sua vida,  podem ser "presas fáceis" desse tipo de jogo. Além disso, filhos que possuem dificuldades em lidar com o sofrimento ou que se sentem cobrados ou negligenciados pelos pais e, até mesmo, exigidos em demasia, certamente, estão mais vulneráveis a desenvolver quadros depressivos que os tornam alvo fácil para esse tal manipulação. Assim, quanto maior a fragilidade sofrida pelo indivíduo, maior também é a probabilidade de sofrer os impactos psíquicos desse jogo, bem como ser induzido às práticas de automutilação.
            Portanto, o "Jogo da Baleia Azul" é um dispositivo criminoso e produz transtornos clinicamente evidente no comportamento humano, tornando-se uma via patológica que aniquila a vida de quem o pratica. 
        Todavia, os casos já revelados de adolescentes se cortarem até o extremo é um são assustadores e, por isso, torna-se um fato comovente que, urgentemente, convida todos nós, pais e educadores, para o compromisso de cuidarmos e educarmos melhor os nossos jovens, os quais, em muitas situações, são carentes por atitudes fraternas e familiares. 
         O assunto, portanto, é extenso, mas vale aqui o destaque para esse alerta. Vamos juntos nos mobilizar, senão haveremos de testemunhar uma nova geração, que ao invés de aprender bons costumes e levar uma vida muito mais saudável do que a nossa, sucumbirá rapidamente como "presa fácil" para tantos vícios e modismos mortais deste novo tempo. 





SOBRE O AUTOR:





quarta-feira, 12 de abril de 2017

UM DIA VOCÊ SUPERA A PERDA!


Por Daniel Macedo.

Quanto mais rápido você reconhecer sua ferida afetiva, mais rápido se libertará dela. Conheço casos em que as pessoas esperam muito tempo antes de passar à liberdade emocional.
Depois da morte de seu pai, Jaime sofreu durante vinte anos de estados depressivos. Só no transcurso de uma psicoterapia pode lhe dizer adeus. Agora está livre de um grande peso.
Acompanhei uma mãe que pensava ficar louca já que, à vista de uma jovem, cria estar vendo seu filho morto num acidente.
Cinco anos mais tarde, ela aceitou, finalmente, a morte e se permitiu viver para outros filhos.
Você quer esperar tanto tempo também. Deixe de negar sua dor, de esconder seu mal-estar, de fugir de suas angústias...
Você vai sobreviver, e sobreviver muito bem. Tudo depende agora das escolhas que busca fazer: viver ou permanecer sofrendo?